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Sala de Estudos - Gilberto Mello

 - Estudo 1 :Teologia da libertação
Teologia da libertação A teologia da libertação é uma corrente teológica que engloba diversas teologias cristãs[1] desenvolvidas no Terceiro Mundo ou nas periferias pobres do Primeiro Mundo a partir dos anos 70 do século XX, baseadas na opção [preferencial] pelos pobres contra a pobreza e pela sua libertação. Desenvolveu-se inicialmente na América Latina. Estas teologias utilizam como ponto de partida de sua reflexão a situação de pobreza e exclusão social à luz da fé cristã. Esta situação é interpretada como produto de estruturas econômicas e sociais injustas, influenciada pela visão das ciências sociais, sobretudo a teoria da dependência na América Latina, que possui inspiração marxista. A situação de pobreza é denunciada como pecado estrutural e estas teologias propõem o engajamento político dos cristãos na construção de uma sociedade mais justa e solidária, cujo projeto identifica-se com ideais da esquerda. Uma característica da Teologia da Libertação é considerar o pobre, não um objeto de caridade, mas sujeito de sua própria libertação. Assim, seus teólogos propõem uma pastoral baseada nas comunidades eclesiais de base, nas quais os cristãos das classes populares se reúnem para articular fé e vida, e juntos se organizam em busca de melhorias de suas condições sociais, através da militância no movimento social ou através da política, tornando-se protagonistas do processo de libertação. Além disto, apresentam as Comunidades Eclesiais de Base como uma nova forma de ser igreja, com forte vivência comunitária, solidária e participativa. Por seu método e opções políticas, trata-se de uma teologia extremamente controversa, tanto pelas suas implicações nas igrejas quanto na sociedade. A partir dos anos 1980, com a redemocratização das sociedades latino-americanas e a queda do muro de Berlim com consequente crise das esquerdas e as transformações sociais e econômicas provocadas pela globalização e o avanço do neoliberalismo esta teologia perdeu parte de sua combatividade política e social Contextualização histórica Segundo Gonçalves,[2] o nascimento e o desenvolvimento da Teologia da Libertação na América Latina e no Caribe se deve basicamente a três fatores:    1. Situação política, econômica e social do continente: A Teologia da Libertação foi gestada durante os regimes militares que governavam países do continente.    2. O desenvolvimento do marxismo como instrumento de análise social: as ciências sociais, entre elas a análise marxista eram utilizados para compreender a origem das contradições da sociedade, embora, segundo Gonçalves, o marxismo não fosse utilizado como ferramenta para construção do projeto social alternativo.    3. Mudanças no âmbito da Igreja Católica. Do ponto de vista católico, algumas mudanças na Igreja possibilitaram o surgimento da Teologia da Libertação:          1. A experiência da Ação Católica e seu método VER-JULGAR-AGIR. Esta pedagogia ajudou na busca de uma compreensão crítica da realidade e impulsionou uma ação transformadora.          2. A realização do Concílio Vaticano II, entre 1962-1965 e a busca de diálogo da Igreja com o mundo moderno.          3. A Segunda Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Medellín, Colômbia, ocorrida na vigência dos regimes militares.          4. O florescimento das Comunidades Eclesiais de Base, que impulsionadas pela Conferência de Medellín e pela pedagogia da Ação Católica através do método VER-JULGAR-AGIR, lutavam pela transformação social.          5. O enfrentamento dos regimes militares por parte dos bispos, quer através das conferências episcopais nacionais, quer por bispos isolados, como Dom Hélder Câmara, Dom Pedro Casaldáliga, Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Oscar Romero, entre outros. Foi a partir do engajamento de grupos cristãos na política que surgiu a Teologia da Libertação, como uma reflexão teórica destas experiências, retro alimentando este movimento de busca da mudança para uma sociedade com viés esquerdista. Ao final dos anos 70 e início dos 80, a redemocratização das sociedades latino-americanas e caribenhas faz com que a Teologia da Libertação perdesse parte de sua combatividade política e social. Aliado a este fator, a queda do socialismo real e a crise da esquerda política fazem com que estes movimentos repensem sua identidade. Fatores no interior da Igreja Católica também tiveram seu impacto: a eleição de João Paulo II. A experiência do novo papa, vindo de um regime comunista hostil à Igreja , fez com que ele visse com suspeita os movimentos de libertação latino-americanos. Muitos teólogos da libertação foram acusados de fomentar a formação de células comunistas dentro da Igreja através das comunidades eclesiais de base. As mudanças ocorridas na sociedade desde então apresentam novos desafios ao que atualmente se chama de Cristianismo de Libertação: o neoliberalismo econômico e a exclusão social, a globalização, o pluralismo cultural e religioso,[3] a crise das igrejas cristãs históricas ante o fenômeno da pós-modernidade. Uma visão mais ampla da libertação passa a ser almejada, não apenas focada em uma visão economicista, mas baseada também em dados antropológicos, psicológicos e religiosos. Além disto, temas como a igualdade entre homem e mulher, a discriminação racial, o diálogo inter-religioso, as minorias e a ecologia vão sendo progressivamente incorporados ao engajamento dos cristãos e à reflexão teológica sobre a libertação. [editar] Nascimento A Teologia da Libertação nasceu da influência de três frentes de pensamento: o Evangelho Social das igrejas norte-americanas, trazido ao Brasil pelo missionário e teólogo presbiteriano Richard Shaull; a Teologia da Esperança, do teólogo reformado Jürgen Moltmann; e a teologia política que tinha como seus grandes expoentes o teólogo católico Johann Baptist Metz, na Europa, e o teólogo batista Harvey Cox, nos Estados Unidos. Há uma série de eventos que precederam o nascimento da Teologia da Libertação:     * 1952: O missionário presbiteriano Richard Shaull chega ao Brasil trazendo o Evangelho Social e cria uma estreita relação com os pastores presbiterianos Rubem Alves e Jaime Wright;     * 1964: O teólogo reformado Jürgen Moltmann publica sua obra Teologia da Esperança;     * 1965: O teólogo batista Harvey Cox publica A Cidade Secular;     * 1967: O teólogo católico Johann Baptist Metz pronuncia a conferência Sobre a Teologia do Mundo; O marco do nascedouro da Teologia da Libertação está na publicação da obra Da Esperança, de Rubem Alves, que tinha o título de Teologia da Libertação, criticando a teologia metafísica de uma forma geral e propondo o nascimento de novas comunidades de cristãos animados por uma visão e por uma paixão pela libertação humana e cuja linguagem teológica se tornava histórica. A primeira participação católica no lançamento da Teologia da Libertação foi a publicação da Teologia da Revolução, em 1970, pelo teólogo belga radicado no Brasil José Comblin. Em 1971, Gustavo Gutiérrez publicou Teologia da Libertação. Somente em 1972, Leonardo Boff surge no cenário teológico com a publicação de Jesus Cristo Libertador. Como Rubem Alves estava asilado nos EUA neste período, Boff passou a ser o mais conhecido representante desta corrente teológica que vivia no Brasil, devido à proteção recebida pela ordem dos franciscanos, à qual ele pertencia [carece de fontes?]. O método destas teologias é indutivo:[1] não parte da Revelação e da Tradição eclesial para fazer interpretações teológicas e aplicá-las à realidade, mas partem da interpretação da realidade da pobreza e exclusão e do compromisso com a libertação para fazer a reflexão teológica e convidar à ação transformadora desta mesma realidade. Ocorre também uma crítica à teologia moderna e sua pretensão de universalidade. Consideram esta teologia eurocêntrica e desconectada da realidade dos países periféricos. Polêmica e críticas Enquanto pese as análises positivas acerca da Teologia da libertação, acusa-se tal ideologia de ter fechado os olhos para os assassinatos praticados em regimes ditos socialistas, como os de Cuba, com Fidel Castro, e da URSS stalinista.[carece de fontes?] Ainda, acusa-se tal movimento de ser condescendente com a culpabilidade da Igreja, que segundos estudiosos, é bem menor do que julgam os promotores, e de deturpar o caminho divino, colocando-o em segundo plano diante da missão terrena de ajudar os pobres.[4] Integrantes do movimento afirmam que este movimento sempre foi baseado em ideais de amor e libertação de todas as formas de opressão (especialmente opressão econômica). Também afirmam que ele teria uma forte base nas escrituras sacras. Por outro lado, alguns aspectos da teologia da libertação têm sido fortemente criticados pela Santa Sé e por várias igrejas protestantes (embora a Igreja Luterana a tenha adotado), como por exemplo o fato dos adeptos da Teologia da Libertação assumirem o papel político da igreja e pela utilização do Marxismo como base ideológica do movimento. Posição oficial da Igreja Católica Na Igreja Católica, a Congregação para a Doutrina da Fé publicou dois documentos sobre esta teologia: Libertatis Nuntius (1984) e Libertatis conscientia (1986). Neles, a Igreja, apesar de defender a importância do seu compromisso radical para com os pobres, considerou-a como heterodoxa. Isto principalmente porque a Igreja acha que a disposição da teologia da libertação em aceitar postulados do marxismo ou de outras ideologias políticas não era compatível com a doutrina católica, especialmente ao afirmar que "só seria possível alcançar a redenção cristã com um compromisso político". Nestes documentos, a Igreja salienta muito o risco da instrumentalização política da fé. Alguns afirmam que o que ocorreu não foi uma crítica ou repressão ao movimento em si, mas sim correção de certos exageros de alguns de seus representantes (como sacerdotes mais tendentes à política). Outros afirmam que houve uma deliberada sanção à Igreja Latino-Americana na repressão à sua forma mais pungente de ação e crítica social. Entretanto, o próprio Papa João Paulo II dirigiu uma carta à CNBB, datada de 9 de abril de 1986, pedindo o compromisso com o verdadeiro desenvolvimento desta teologia: "...estamos convencidos, nós e os senhores, de que a Teologia da Libertação é não só oportuna, mas útil e necessária. Ela deve constituir uma nova etapa - em estreita conexão com as anteriores - daquela reflexão teológica iniciada com a tradição apostólica e continuada com os grandes padres e doutores, com o magistério ordinário e extraordinário e, na época mais recente, com o rico patrimônio da Doutrina Social da Igreja expressa em documentos que vão da Rerum Novarum a Laborem Exercens". "Os pobres deste país, que tem nos senhores os seus pastores, os pobres deste continente são os primeiros a sentir urgente necessidade deste evangelho da libertação radical e integral. Sonegá-lo seria defraudá-los e desiludi-los". Para concluir, o Papa incita ao seu verdadeiro desenvolvimento de modo homogêneo e não heterogêneo com relação à teologia de todos os tempos, em plena fidelidade à doutrina da Igreja, atenta a um amor preferencial e não excludente nem exclusivo para com os pobres.[5] Porém, João Paulo II depois a condenou[carece de fontes?]. O Cardeal Ratzinger, no retiro espiritual que pregou ao Papa João Paulo II e aos Cardeais em 1986, escreveu:     "Sem resposta para a fome da verdade, sem cura das doenças da alma ferida por causa da mentira ou, numa palavra, sem a verdade e sem Deus, o homem não se pode se salvar. Aqui descobrimos a essência da mentira do demônio. Deus aparece na sua visão do mundo como supérfluo, desnecessário à salvação do homem. Deus é um luxo dos ricos. Segundo ele, a única coisa decisiva é o pão, a matéria. O centro do homem seria o estômago" (Cardeal Joseph Ratzinger, O Caminho Pascal,-- Curso de Exercícios Espirituais realizado no Vaticano na presença de S.S. João Paulo II, Loyola, São Paulo, 1986, p. 14-15). E perguntou o Cardeal Ratzinger, falando aos Cardeais: "Porventura não existe uma tendência, também entre nós, de adiar o anúncio da verdade de Deus, para antes fazer as coisas "mais necessárias"? Vemos, porém, que um desenvolvimento econômico sem desenvolvimento espiritual destrói o homem e o mundo" No mundo Segundo Tamayo,[7] a Teologia da Libertação surgiu na América Latina como sistematização de um novo método teológico. Entretanto, nas últimas décadas, desenvolveu-se no Terceiro Mundo e nos ambientes marginalizados dos países desenvolvidos reflexões teológicas que também podem ser classificadas como teologia da libertação. Teologia da libertação africana A reflexão teológica sobre a libertação trabalha com categorias antropológicas: a aculturação e consequente perda da identidade coletiva dos povos, além de sua pobreza estrutural e seu sistema de dominação. Defende-se uma verdadeira inculturação do cristianismo. Os teólogos africanos associaram Seu tema geral foi Água, Terra, Teologia - para outro mundo possível. A proposta do fórum é reunir teólogos e teólogas cristãs dos diversos continentes que trabalhem com o tema da libertação, em todas as suas dimensões, tornando-se "um espaço de encontro para reflexão teológica de alternativas e possibilidades de mundo, tendo em vista contribuir para a construção e uma rede mundial de teologias contextuais marcadas por perspectivas de libertação".[10] O IV Fórum Mundial de Teologia e Libertação será realizado em 2011, em Dakar, no Senegal http://pt.wikipedia.org/wiki/Teologia_da_liberta%C3%A7%C3%A3o Em português     * Vigil, J. M., Barros, M., Tomita, L. E. Pluralismo e Libertação. São Paulo: Edições Loyola, 2005. ISBN 9788515029938     * Boff, L. e Boff, C. Como fazer Teologia da Libertação. 8a edição. Petrópolis: Editora Vozes, 2005. ISBN 8532605427     * Boff, L. Jesus Cristo Libertador. 18a edição. Petrópolis: Editora Vozes, 2003. ISBN 8532606407     * Dussel, E. Ética da Libertação na idade de globalização e exclusão. 2a edição. Petrópolis: Editora Vozes, 2002. ISBN 8532621430     * Dussel, E. Teologia da Libertação – Um panorama do seu desenvolvimento. Petrópolis: Editora Vozes, 1999. ISBN 8532622046     * Dussel, E. e outros: Por um mundo diferente – Alternativas para o mercado global. Petrópolis: Editora Vozes, 2003. ISBN 8532628931     * Gutiérrez, G. Teologia da Libertação. Perspectivas. São Paulo: Edições Loyola, 2000. ISBN 9788515020362     * Libânio, J. B. Teologia da Libertação. Roteiro didático para um estudo. São Paulo: Edições Loyola, 1987. ISBN 9788515031580     * Segundo, J. L. A história perdida e recuperada de Jesus de Nazaré. São Paulo: Editora Paulus, 1997. ISBN 8534907420     * Sobrino, J. Espiritualidade da Libertação. Estrutura e conteúdos. São Paulo: Edições Loyola, 1992. ISBN 9788515006809     * SOBRINO, J. A Fé em Jesus Cristo: ensaio a partir das vítimas. Petrópolis: Vozes, 2001, 512 p. ISBN 8532623948     * SOBRINO, J. Jesus, o Libertador. I - A História de Jesus de Nazaré. Petrópolis: Vozes, 1994, 392 p. ISBN 8532609805

Estudo 2 :A BÍBLIA, UMA REVELAÇÃO DE DEUS

Tendo visto agora que a existência de Deus é um fato estabelecido, um fato mais certo que qualquer conclusão de um arrazoamento formal, porque é o fundamento necessário de toda a razão, passamos à consideração de uma outra matéria. Há agora, e tem havido por séculos, um livro peculiar neste mundo, chamado Bíblia, que professa ser a revelação de Deus. Os seus escritores falam nos termos mais ousados de sua autoridade como interlocutores de Deus. Esta autoridade tem sido admitida por milhões de habitantes da terra, tanto no passado como no presente. Desejamos perguntar, portanto, se este livro é o que ele professa ser e o que ele tem sido e se crê ser por uma multidão de gente, - uma revelação de Deus. Se não é uma revelação de Deus, então os seus escritores ou foram enganados ou foram enganadores maliciosos.
I. É a Bíblia historicamente autentica?
Por esta pergunta queremos dizer: É a Bíblia verossímil como um arquivo de fatos históricos? Há mais ou menos um século críticos sustentaram ser a Bíblia inverossímil como história. Disseram que os quatro reis mencionados em Gênesis 14:1 nunca existiram e que a vitória dos reis do Ocidente contra os do Oriente, como descrita neste capítulo, nunca ocorreu. Negaram que um povo tal como os hititas viveram algures. Sargon, mencionado em Isaías 20:1 como rei da Assíria, foi considerado como uma personagem mitológica. Mas como é agora? Podemos dizer hoje, após se fazerem extensas investigações concernentes às nações antigas, que nem um só ponto da Bíblia fica refutado. As confiadas negativas dos primeiros críticos tem-se provado ousadias de ignorância. Prof. A. H. Sayce, um dos mais eminentes dos arquiologistas, diz: "Desde a descoberta das tábuas de Tel el-Amarna até agora, grandes coisas foram trazidas pela arqueologia e cada uma delas tem estado em harmonia com a Bíblia, enquanto quase cada uma delas tem sido mortífera contra as asserções dos críticos destruidores". Há um pouco mais de uma década a United Press irradiou o testemunho de A. S. Yahuda, primeiramente professor de História Bíblica na Universidade de Berlin e mais tarde de linguagem semítica na Universidade de Madrid no sentido que "toda a descoberta arqueológica da Palestina e Mesopotamia do período bíblico traz a exatez histórica da Bíblia ".
II. É a Bíblia revelação de Deus?
Estamos agora na consideração de uma outra questão. Um livro historicamente correto podia ser de origem humana. É isto verdade da Bíblia?
1. UMA PROBABILIDADE ANTECEDENTE.
Um pensamento cuidadoso, á parte da questão se a Bíblia é a revelação de Deus, convencerá qualquer crente bem intencionado na existência de Deus de que é altamente provável que Deus deu ao homem uma revelação escrita explícita e duradoura da vontade divina. A consciência do homem informa-o da existência da lei. Como foi bem dito: "A consciência não estabelece uma lei, ela adverte da existência de uma lei." (Diman, Theistic Argument). Quando o homem tem o senso comum de que está procedendo mal, ele tem a indicação de que transgrediu alguma lei. Quem mais, fora de Jeová, cuja existência achamos ser um fato estabelecido, poderia ser o autor dessa lei? E desde que o homem pensa intuitivamente de Deus como sendo bom, ele deve pensar do propósito de Sua lei como sendo bom. Portanto, não podemos pensar desta lei como sendo para o mero propósito de condenação. Deve ser que esta lei é para a disciplina do homem em justiça. Devemos também concluir que Deus, sendo mostrado ser sábio por Suas maravilhosas obras, usaria dos meios mais eficazes para a execução do seu propósito por meio da lei. Isto argue por uma revelação escrita, porque qualquer grau notável de obediência a uma lei justa é impossível ao homem sem conhecimento dessa lei. A natureza e a razão são incertas demais, indistintas, incompletas e insuficientes para o propósito.
Mais ainda, E. Y. Mullins diz: "A mesma idéia de religião contém no seu âmago a idéia de revelação. Nenhuma definição de religião que omite essa outra idéia pode permanecer à luz dos fatos. Se o fiel fala a Deus e Deus fica para sempre silente ao fiel, temos somente um ângulo da religião e a religião se torna uma casuística sem sentido" (The Christian Religion in its Doctrinal Expression).
2. UMA PRESUNÇÃO RAZOÁVEL
"Se a Bíblia não é o que o povo cristão do mundo pensa ser, então temos em nossas mãos o tremendo problema de dar conta de sua crescida e crescente popularidade entre a grande maioria do povo mais iluminado da terra e em face de quase toda a oposição concebível" (Jonathan Rigdon, Science and Religion).
Grandes esforços se fizeram para destruir a Bíblia como nunca antes se produziram para a destruição de qualquer outro livro. Seus inimigos tentaram persistentemente deter sua influencia. A crítica assaltou-a e o ridículo escarneceu-a. A ciência e a filosofia foram invocadas para desacreditá-la. Á astronomia, no descortinar das maravilhas celestes, pediram-se alguns fatos para denegri-la e a geologia, nas suas buscas na terra foi importunada para lançar-lhe suspeita." (J. M. Pendleton, Christian Doctrines). Contudo






"Firme, serena, imovível, a mesma
Ano após ano...
Arde eternamente na chama inapagável;
Fulge na luz inextinguível".
Whitaker
A Bíblia "levanta-se hoje como uma fênix do fogo com um ar de mistura de dó e desdém pelos seus adversários, tão ilesa como foram Sidraque, Misaque e Abdenego na fornalha de Nabucodonozor" (Collet, All About the Bible).
Não é provável que qualquer produção meramente humana pudesse triunfar sobre semelhante oposição como a que se moveu contra a Bíblia.
3. PROVAS DE QUE A BÍBLIA É A REVELAÇÃO DE DEUS.
(1) As grandes diferenças entre a Bíblia e os escritos dos homens evidenciam que ela não é uma simples produção humana.
Estas diferenças são: -
A. Quanto ás suas profundezas e alcances de sentido.
"Há infinitas profundezas e alcances inexauríveis de sentido na Escritura, cuja diferença é de todos os outros livros e que nos compelem a crer que o seu autor deve ser divino" (Strong). Podemos apanhar as produções dos homens e ajuntar tudo quanto eles têm a dizer numa só leitura. Mas não assim com a Bíblia. Podemos le-la repetidamente e achar novos e mais profundos sentidos. Vacilam nossas mentes ante sua profundeza de sentido.
B. Quanto ao seu poder, encanto, atração e frescura perene.
Os escritores bíblicos são incomparáveis no "seu poder dramático", esse encanto divino e indefinível, esse atrativo misterioso e sempre atual que neles achamos em toda a nossa vida como nas cenas da natureza, um encanto sempre fresco. Depois de estarmos deliciados e tocados por essas incomparáveis narrativas em nossa infância remota, elas ainda revivem e afetam nossas ternas emoções mesmo no declínio grisalho. Deve haver, certamente, algo sobre-humano na mesma humanidade dessas formas tão familiares e tão singelas" (L. Gaussen, Theopneustia). E este mesmo autor sugere uma comparação entre a história de José na Bíblia e a mesma história no Al-Korão. Outro autor (Mornay) sugere uma comparação entre a história de Israel na Bíblia e a mesma história em Flavio Joséfo. Diz ele que ao ler a história bíblica, os homens "sentirão vibrar todos os seus corpos, mover seus corações, sobrevindo-lhes num momento uma ternura de afeto, mais do que se todos os oradores da Grécia e Roma lhes tivessem pregado as mesmas matérias por um dia inteiro". Diz ele dos relatos de Joséfo, "que se deixarão mais frio e menos emocionado do que quando os achou". Ajunta então: "Que, então, se esta Escritura tem na sua humildade mais elevação, na sua simplicidade mais profundeza, na sua ausência de todo esforço mais encantos, na sua rudeza mais vigor e alvo do que podemos achar noutro lugar qualquer?"
C. Quanto a sua incomparável concisão.
No livro do Gênesis temos uma história que fala da criação da terra e de ela ser feita lugar adequado para habitação do homem. Fala da criação do homem, animais, plantas e da sua colocação na terra. Fala da apostasia do homem, do primeiro culto, do primeiro assassínio, do dilúvio, da repopulação da terra, da dispersão dos homens, da origem da presente diversidade de línguas, da fundação da nação judaica e do desenvolvimento e das experiências dessa nação durante uns quinhentos anos; tudo, todavia, contido em cinqüenta capítulos notavelmente breves. Comparai agora com isto a história escrita por Joséfo. Tanto Moisés como Joséfo foram judeus, ambos escreveram sobre os judeus, mas Joséfo ocupa mais espaço com a história de sua própria vida do que Moisés consome no arquivo da história desde a criação até ä morte de José. Tomai também os escritos dos evangelistas. "Quem entre nós podia ter sido durante três anos e meio testemunha constante, amigo apaixonadamente chegado, de um homem como Jesus Cristo; quem podia ter podido escrever em dezesseis ou dezessete curtos capítulos,... a história inteira dessa vida: - do Seu nascimento, o Seu ministério, dos Seus milagres, das Suas pregações, dos Seus sofrimentos, de Sua morte, de Sua ressurreição, de Sua ascensão aos céus? Quem entre nós teria julgado possível evitar de dizer uma palavra sobre os primeiros trinta anos de uma semelhante vida? Quem entre nós podia ter relatado tanto atos de bondade sem uma exclamação; tantos milagres sem uma reflexão a respeito; tantos sublimes pensamentos sem uma ênfase; tantas fraquezas sem pecado no seu Mestre e tantas fraquezas pecaminosas nos Seus discípulos, sem nenhuma supressão; tantos casos de resistência, tanta ignorância, tanta dureza de coração, sem a mais leve desculpa ou comento? É assim que os homens escrevem história? E mais, quem entre nós podia ter sabido como distinguir o que exigia ser dito por alto do que exigia sê-lo em minúcia?" (Gaussen).
(2) A revelação de coisas que o homem, deixado a si mesmo, jamais podia ter descoberto dá evidência da origem sobre-humana da Bíblia
A. O relato da Criação.
Onde pôde Moisés ter obtido isto, se Deus não lho revelou? "A própria sugestão de ter Moisés obtido sua informação histórica dessas legendas caldáicas e de Gilgamesh... é simplesmente absurda; porque, interessantes como são, estão de tal modo cheias de asneiras que Moisés teria sido impossível ou a qualquer outro homem, praticamente, evolver de tais legendas místicas os registros sóbrios, reverentes e científicos que se acham no livro do Gênesis" (Collett).
B. A doutrina dos anjos.
"Foi alguma coisa parecida com os anjos concebida pela imaginação do povo, pelos seus poetas, ou pelos seus sábios? Não; nem mesmo mostraram jamais aproximar-se disso. Perceber-se-á, quão impossível foi, sem uma operação constante da parte de Deus, que as narrativas bíblicas, ao tratarem de um tal assunto, não tivessem considerado constantemente a impressão humana demais de nossas acanhadas concepções; ou que os escritores sagrados não tivessem deixado escapar de suas penas toques imprudentes ao vestirem os anjos com atributos divinos demais ou afetos humanos demais." (Gaussen).
C. A onipresença de Deus.
Representam as seguintes passagens a conclusão da filosofia humana?
"Sou eu um Deus de perto, diz Jeová, e não sou um Deus de longe? Pode alguém esconder-se em lugares secretos de modo que eu não o veja? diz Jeová. Não encho eu o céu e a terra? diz Jeová (Jer. 23:23,24).
"Para onde me irei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da Tua face? Se subir ao céu, lá Tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a Tua mão me guiará e a Tua destra me susterá." (Sal. 139:7-10).
Estas passagens e outras na Bíblia ensinam, não o panteísmo, nem que Deus está em diferentes lugares sucessivamente senão que Ele está em toda a parte ao mesmo tempo e contudo separados como Ser fora da Criação. O intelecto desajudado do homem originou esta concepção, vendo que, mesmo quando ele tem sido acomodado, a mente do homem pode compreende-lo só parcialmente?
D. O problema da redenção humana.
Se fora submetido ao homem o problema de como Deus podia ser justo e justificador do ímpio, teria o homem proposto, como solução, que Deus se tornasse carne e sofresse em lugar do homem?
"Que a criatura culpada fosse salva a custa da incarnação do Criador; que a vida viesse aos filhos dos homens através da morte do Filho de Deus; que o céu se tornasse acessível à população distante da terra pelo sangue de uma cruz vergonhosa; estava totalmente remoto a todas as concepções finitas. Mesmo quando a maravilha se tornou conhecida pelo Evangelho, ela excitou o desprezo dos judeus e dos gregos: para os primeiros pedra de escândalo e ofensa, loucura para os últimos. Eram os gregos um povo altamente culto, de intelecto agudo, profundos na filosofia, subtis em arrazoar, mas ridicularizaram a idéia de salvação por meio de um que fora crucificado. Bem podem ser considerados como representando as possibilidades do intelecto humano, o que ele pode fazer; e, tão longe de pretenderem a doutrina cristã da redenção como uma invenção de filósofos, riram-se dela como indigna da filosofia. Rejeitaram os fatos do Evangelho como incríveis, porque pareciam estar em conflito positivo com as suas concepções da razão." (J. M. Pendleton, Christian Doctrines).
"Como podiam esses livros ter sido escritos por semelhantes homens, em semelhantes ambientes sem auxílio divino? Quando consideramos os assuntos discutidos, as idéias apresentadas, tão hostis não só aos seus prejuízos nativos, mas ao sentimento geral então prevalecente nos mais sábios da humanidade, - o sistema todo de princípios entresachado em toda parte de história, poética e promessa, bem como de insignificantes maravilhas e singulares excelências da palavra; nossas mentes se constrangem a reconhecer este como o Livro de Deus num sentido elevado e peculiar" (Masil Manly, The Bible Doctrine of Inspiration).
(3) A unidade maravilhosa da Bíblia confirma-a como uma revelação divina.
"Eis aqui um volume constituído de sessenta e seis livros escritos em seções separadas, por centenas de pessoas diferentes, durante um período de mil e quinhentos anos, - um volume que antedata nos seus registros mais antigos todos os outros livros no mundo, tocando a vida humana e o conhecimento em centenas de diferentes pontos. Contudo, evita qualquer erro absoluto e assinalável ao tratar desses inumeráveis temas. De que outro livro antigo se pode dizer isto? De que livro mesmo centenário se pode dizer isto?" (Manly, The Bible Doctrines of Inspiration).
A Bíblia contém quase toda a forma de literatura, - história, biografia, contos, dramas, argumentos, poética, sátiras e cantos. Foi escrita em três línguas por uns quarenta autores diferentes, que viveram em três continentes. Esteve no processo de composição uns mil quinhentos ou seiscentos anos. "Entre esses autores estiveram reis, agricultores, mecânicos, cientistas, advogados, generais, pescadores, estadistas, sacerdotes, um coletor de impostos, um doutor, alguns ricos, alguns pobres, alguns citadinos, outros camponeses, tocando assim todas as experiências dos homens." (Peloubet, Bible Dictionary).
Entretanto, a Bíblia está em harmonia em todas as suas partes. Os críticos tem imaginado contradições, mas estas desaparecem como a cerração ao sol matutino quando se sujeitam à luz de uma investigação inteligente, cuidadosa, cândida, justa e simpática. Os seguintes sinais de unidade caracterizam a Bíblia:-
A. É uma unidade no seu desígnio.
O grande desígnio número um que percorre toda a Bíblia é a revelação de como o homem, alienado de Deus, pode achar restauração ao favor e à comunhão de Deus.
B. É uma unidade no seu ensino a respeito de Deus
Cada informação na Bíblia concernente Deus é compatível com todas as outras afirmações. Nenhum escritor contraditou qualquer outro escritor ao escrever sobre o tema estupendo do Deus inefável e infinito!
C. É uma unidade no seu ensino a respeito do homem.
Em toda a parte da Bíblia mostra-se o homem criatura por natureza corrupta, pecaminosa, rebelde e falida sob a ira de Deus e carecendo de redenção.
D. É uma unidade no seu ensino a respeito da salvação.
O meio de Salvação não se fez tão claro no Velho como em o Novo Testamento. Mas vê-se-o prontamente prenunciado no Velho por claramente revelado em o Novo Testamento. Pedro afirmou que os santos do Velho Testamento salvaram-se exatamente da mesma maneira que os do Novo, Atos 15:10,11. O suposto conflito entre Tiago e Paulo sobre a justificação será tratada no respectivo capítulo.
E. É uma unidade quanto à Lei de Deus.
Um ideal perfeito de justiça está retratado por toda a Bíblia a desrespeito do fato que Deus, em harmonia com as leis do desenvolvimento humano, ajustou Seu governo às necessidades de Israel para que pudesse erguer-se do seu rude estado. Este ajustamento da disciplina de Deus foi como uma escada descida a um fosso para prover um meio de escape a alguém lá enlaçado. A descida da escada não visa a um encorajamento ao que está no fundo para deter-se lá, mas intenciona-se como meio de livramento; de modo que a condescendência da disciplina de Deus no caso de Israel não foi pensada como um encorajamento do mal, mas como uma regulação do mal com o propósito de levantar o povo a um plano mais elevado. Negar a unidade da Lei de Deus por causa de adaptações às necessidades de povos particulares é tão tolo como negar a unidade dos planos do arquiteto pelo fato de ele usar andaimes temporária na execução deles.
F. É uma unidade no desenredo progressivo da doutrina.
A verdade toda não foi dada de uma vez na Bíblia. Contudo, há unidade. A unidade no desenredo progressivo é a unidade do crescimento vegetal. Primeiro vemos a erva, depois a espiga e então o grão cheio na espiga" (Marcos 4:28).
A força desta unidade maravilhosa na sua aplicação à questão da inspiração da Bíblia está acentuada por David James Burrell como segue: - "Se quarenta pessoas dispares de diferentes línguas e graus de educação musical tivessem de passar pela galeria de um órgão em longos intervalos e, sem nenhuma possibilidade de colisão, cada uma delas tocasse sessenta e seis teclas, as quais, quando combinadas, dessem o tema de um oratório, submeter-se-ia respeitosamente que o homem que considerasse isso como uma "circunstancia fortuita" seria tido por consenso unanime universal - para dize-lo modestamente - tristemente falto de senso comum" (Why I Believe The Bible).
(4) A exatez da Bíblia em matérias cientificas prova que ela não é de origem humana.
A. A Bíblia não foi dada para ensinar ciência natural.
Diz-se corretamente que a Bíblia não foi dada para ensinar ciência natural. Não foi dada para ensinar o caminho que os céus vão, mas o caminho que vai para o céu.
B. Todavia, ela faz referência a matérias cientificas.
"Por outro lado, contudo, vendo que o universo inteiro esta de tal modo inteira e inseparavelmente ligado com leis e princípios, é inconcebível que este livro de Deus, que confessadamente trata de tudo no universo quanto afeta os mais altos interesses do homem, não fizesse referência alguma a qualquer matéria cientifica; daí acharmos referência incidentais a vários ramos da ciência... (Sidney Collett, All About The Bible).
C. E quando a Bíblia faz referência a matérias cientificas, é exatíssima.
A Bíblia não contém os erros científicos do seu tempo. Ela antecipou as gabadas descobertas dos homens centenas de anos. Nenhum dos seus estatuídos provou-se errôneo. E é somente nos tempos hodiernos que os homens chegam a entender alguns deles. Notai as seguintes referências bíblicas a matérias cientificas:
(a) A rotundidade da terra. Séculos antes de os homens saberem que a terra é redonda a Bíblia falou do "circulo da terra" (Isaías 40:22).
(b) O suporte gravitacional da terra. Os homens costumavam discutir a questão de que é que sustenta a terra, sendo avançadas diversas teorias. Finalmente os cientistas descobriram que a terra é sustentada por sua própria gravitação e a de outros corpos. Mas, muitos antes de os homens saberem isto, e enquanto contendiam por este ou aquele fundamento material para a terra, a Bíblia declarou que Deus "pendura a terra sobre o nada" (Jó 26:7).
(c) A natureza dos céus. A Bíblia fala dos céus como "expansão" e isto estava tão adiante da ciência que a palavra hebraica (raquia) foi traduzida por "firmamento" (Gênesis 1; Sal. 19:6), que quer dizer um suporte sólido.
(d) A expansão vazia do Norte. Foi só na metade do século passado que o Observatório de Washington descobriu que, dentro dos céus do Norte, há uma grande expansão vazia na qual não há uma só estrela visível. Mas antes de três mil anos a Bíblia informou aos homens que Deus "estendeu o Norte sobre o espaço vazio" (Jó 26:7).
(e) O peso do Ar. Credita-se Galileu com a descoberta que o ar tem peso, - algo com que os homens jamais tinham sonhado; mas, dois mil anos antes da descoberta de Galileu a Bíblia disse que Deus fez "um peso do vento" (Jó 28:25).
(f) A rotação da terra. Ao falar de sua segunda vinda, Cristo deu indicação de que seria noite numa parte, dia na outra (Lucas 17:34-36), implicando assim a rotação da terra sobre seu eixo.
(g) O número de estrelas. Hiparco numerou as estrelas em 1002, mas a Bíblia antecipou as revelações do telescópio e classificou as estrelas com a areia na praia (Gên. 22:17).
Comparai agora esses verdadeiros estatuídos científicos com as noções cruas e com os erros grosseiros concernentes ao universo a serem achados em outras velhas teologias, tais como as de Homero, Hesiodo e os códigos dos gregos; também os livros sagrados dos budistas, bramanes e maometanos.
(5) A profecia cumprida testemunha ao fato que a Bíblia veio de Deus.
A. A referência profética a Ciro.
Cinqüenta anos antes do nascimento de Ciro, Rei, o qual decretou que os filhos de Israel voltassem à sua terra, Isaías falou de Deus como "aquele que disse de Ciro, ele é meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz, dizendo também a Jerusalém: Sê edificada, e ao tempo: Funda-te" (Isaías 44:28).
B. A profecia do cativeiro babilônico. Vide Jer. 25:11.
C. Profecias a respeito de Cristo.
(a) A rotura de Suas vestes. Salmos 22:18. Cumprimento: João 19:23,24.
(b) O fato de os Seus ossos não serem quebrados. Sal. 34:20. Cumprimento: João 19:36.
(c) Sua traição. Sal. 41:9. Cumprimento: João 13:18.
(d) Sua morte com os ladrões e enterro no túmulo de José. Isaías 53:9. Cumprimento: Mat. 27:38, 57-60.
(e) O Seu nascimento em Belém. Miqueas 5:2. Cumprimento: Mat. 2:1,2; João 7:42.
(f) Sua entrada triunfal em Jerusalém. Zacarias 9:9. Cumprimento: Mat. 21:1-10; João 12:12-16.
(g) Seu traspasse. Zacarias 12:10. Cumprimento: João 19:34,37.
(h) Dispersão dos Seus discípulos. Zac. 13:7. Cumprimento: Mat. 26:31.
Há, porém, uma explicação plausível da maravilha da profecia cumprida e essa explicação é que Ele "que faz todas as coisas segundo o conselho da Sua vontade" (Efe. 1:11) moveu a mão do escritor da profecia.
(6) O testemunho de Cristo prova a genuinidade da Bíblia como uma revelação de Deus.
Jesus considerou o Velho Testamento como a Palavra de Deus, a ele se referiu freqüentemente como tal e disse:- "A Escritura não pode ser quebrada" (João 10:35). Ele também prometeu ulterior revelação por meio dos apóstolos (João 16:12,13). Temos assim Sua pre-autenticação do Novo Testamento.
O testemunho de Jesus é de valor único, porque Sua vida provou-O ser o que Ele professou ser, - uma revelação de Deus. Jesus não se enganou; "porque isto argüiria (a) uma fraqueza e loucura montando a positiva insanidade. Mas Sua vida inteira e caráter exibiram uma calma, dignidade, equilíbrio, introspeção e domínio pessoal totalmente antagônicos com semelhante teoria. Ou argüiria (b) auto-ignorância e auto-exagero que podiam provir apenas da mais profunda perversão moral. Mas a pureza absoluta de Sua consciência, a humildade do Seu espírito, a beneficência abnegada de Sua vida mostram ser incrível esta hipótese". Nem Jesus foi um enganador, porque (a) a santidade perfeitamente compatível de Sua vida; a confiança não vacilante com a qual Ele desafiava para uma investigação de suas pretensões e arriscava tudo sobre o resultado; (b) a vasta improbabilidade de uma vida inteira mentir aos declarados interesses da verdade e (c) a impossibilidade de decepção opera tal benção ao mundo, - tudo mostra que Jesus não foi um impostor cônscio" (A. H. Strong).

III. O que constitui a Bíblia?

Do que já se disse, manifesto é que o autor crê que a Bíblia, revelação de Deus, consiste de sessenta e seis livros do que é conhecido como o Canon Protestante.
Aqui não é necessário um prolongado e trabalhado argumento e nada será tentado. A matéria inteira, tanto quanto respeita aos que crêem na divindade de Cristo, pode ser firmada pelo Seu testemunho.
Notemos:
1. Cristo aceitou os trinta e nove livros de nosso Velho Testamento como constituindo a revelação escrita que Deus tinha dado até aquele tempo.
Esses livros compunham a "Escritura" (um termo que ocorre trinta e três vezes em o Novo Testamento) aceita pelos judeus. Crê-se que eles foram reunidos e arranjados por Esdras. Foram traduzidos do hebraico para o grego algum tempo antes do advento de Cristo. Não pode haver dúvida de que Cristo aceitou esses livros e nenhuns outros como constituindo os escritos que Deus inspirou até aquele tempo. Ele citou esses livros na formula: "Está escrito". Ele referiu-se a eles como "Escritura". E Ele disse: "... a Escritura não pode ser quebrada" (João 10:35).
Por outro lado, nem uma vez Cristo citou ou referiu-se aos livros que se acrescentaram ao Cânon Protestante para inteirar o Velho Testamento na Bíblia Católica (Versão Douay). E admiti-se, autoridades católicas, que os judeus do tempo de Cristo não aceitaram os mesmos como inspirados. (Nota adicional: Num Catecismo da Bíblia, escrito pelo "Rev. John O'Brien, M. A.", e publicado pela sociedade Internacional da Verdade Católica, de Brooklyn, à página 10, faz-se esta pergunta sobre esses livros :- "Foram os livros adicionados aceitos pelos hebreus?". A resposta dada é: - "Não, os hebreus recusaram-se a aceitar esses livros adicionais.") O Cânon Protestante do Velho Testamento é o cânon aceito pelo povo escolhido de Deus e pelo Filho de Deus, bem como pelos apóstolos.
2. Cristo também prometeu uma revelação ulterior além mesmo de tudo que Ele tinha ensinado.
Em João 16:12,13 achamos Cristo falando aos apóstolos como segue: "Ainda tenho muitas coisas a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Não obstante, quando Ele, o Espírito de verdade vier, guiar-vos-á em toda a verdade; porque Ele não falará de Si mesmo, mas falará tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir".
Ainda mais: Cristo constituiu aos apóstolos um corpo de mestres infalíveis quando em Mat. 18:18 disse: "Na verdade vos digo: o que ligardes na terra será ligado no céu e o que desligardes na terra será desligada no céu". "Ligar" quer dizer proibir, isto é, ensinar que uma coisa está errada. "Desligar" é consentir, sancionar, ensinar que uma coisa está certa. Assim Cristo prometeu sancionar no céu o que quer que os apóstolos ensinaram na terra. João 20:22,23 é da mesma importância.
Em o Novo Testamento temos esta revelação ulterior que Cristo deu por meio do Seu corpo infalível de mestres. Os poucos livros não escritos pelos apóstolos receberam o seu lugar no cânon, evidentemente, porque os apóstolos os aprovaram. De qualquer maneira, o seu ensino é o mesmo como o dos demais livros do cânon.
No Novo Testamento veio a existir da mesma maneia que o Velho, isto é, o cânon foi determinado pelo consenso de opinião da parte do próprio povo de Deus. O fato que Deus deu e conservou uma revelação infalível da velha dispensação argue que Ele fez o mesmo com referência ao novo.
IV. É a Bíblia final como revelação de Deus?
A finalidade da Bíblia está sendo rejeitada hoje a favor de uma revelação que está ainda em processo. Esta idéia é adotada por aqueles que estão contaminados de modernismo. Ninguém que crê na divina inspiração da Bíblia adotará esta idéia. Devemos voltar a Cristo por um estatuído autoritativo concernente à inspiração dos escritores apostólicos, o qual não nos dá nenhuma garantia em pretender que esta inspiração se estendeu além dos apóstolos. Que ensinos, não contrários ao Novo Testamento, podem os crentes da revelação progressiva indicar como tendo sido revelados desde os tempos apostólicos? O Novo Testamento é manifestamente completo e final. 

Estudo 3 :A INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA

Temos visível evidência que a Bíblia é uma revelação de Deus. E é nos dito na Bíblia que Deus deu a revelação por inspiração. Se a Bíblia é a revelação de Deus, justo é deixá-la falar por si mesma sobre a sua própria natureza. É nosso propósito, então, inquirir neste capítulo do sentido e da natureza da inspiração, segundo o propósito testemunho da Bíblia.
No curso que estamos seguindo aqui observamos a razão no seu sentido mais elevado. Mostrou-se que a razão requer uma crença na existência de Deus. E apontou-se, além disso, que é razoável esperar uma revelação escrita de Deus. É da competência da razão, então, em relação à revelação, primeiro que tudo, examinar as credenciais de comunicações que professam ser uma revelação de Deus. Se essas credenciais forem satisfatórias, deve então a razão aceitar as comunicações como vindas de Deus; daí, aceitar as coisas apresentadas como sendo verdadeiras. "A revelação é o vice-rei que apresenta primeiro suas credenciais à assembléia provincial e então preside" (Liebnitz). Na maneira precitada "a razão mesma prepara o caminho para uma revelação acima da razão e garante uma confiança implícita em tal revelação quando uma vez dada" (Strong).
Acima da razão não é contra a razão. É apenas calvo racionalismo que rejeita tudo que não pode aprofundar ou demonstrar racionalmente. "O povo mais irrasoável do mundo é aquele que depende unicamente da razão, no sentido estreito" (Strong). O mero arrazoamento ou o exercício da faculdade lógica não é tudo da razão. A razão, no seu sentido lato, compreende o todo da força mental para reconhecer a verdade. A razão só pode rejeitar justamente aquilo que contradiz fatos conhecidos. E então, para estar seguro, a razão deve estar "condicionada em sua atividade por um santo afeto e iluminada pelo Espírito Santo" (Strong). A semelhante razão a Escritura não apresenta nada contraditório, conquanto ela faz conhecido muito, além do poder desajudado do homem para descobrir ou compreender completamente.
I. O SENTIDO DA INSPIRAÇÃO
Quando Paulo disse: "Toda a Escritura é dada por inspiração de Deus" (II Timóteo 3:16), ele empregou a palavra grega "theopneustos" com a idéia de inspiração. A palavra grega compõe-se de "theos", significa Deus, e "pneu", significando respirar. A palavra composta é um adjetivo significando literalmente "inspirado de Deus". Desde que é o fôlego que produz a fala, esta palavra proveu um modo muito apto e impressivo de dizer que a Escritura é a palavra de Deus.
II. O ELEMENTO HUMANO NA INSPIRAÇÃO
Contudo, foi só em casos especiais que as palavras a serem escritas foram oralmente ditadas pelos escritores da Escritura. Em muitos casos as mentes dos escritores tornaram-se o laboratório em que Deus converteu Seu fôlego, como se fosse, em linguagem humana. Isto não se fez por um processo mecânico: não se suspenderam a personalidade e o temperamento dos escritores, manifestos ambos nos escritos. Daí lemos em Gaussen: "Ao mantermos que toda a escritura vem de Deus, longe estamos de pensar que nela o homem nada é ... Na Escritura todas as palavras são do homem, como lá, também, todas as palavras são de Deus. Num certo sentido, a Epístola aos Romanos é totalmente uma carta de Paulo e, num sentido ainda mais elevado, é totalmente uma carta de Deus" (Theopneustia, um livro altamente endossado por C. H. Spurgeon). E como lemos também em Manly: "A origem e a autoridade divinas da Palavra de Deus não são para se afirmar de modo a excluir ou anular a realidade da autoria humana com as particularidades daí resultantes. A Bíblia é a palavra de Deus ao homem, de capa a capa; ainda assim, é ao mesmo tempo, real e completamente, composição humana. Nenhuma tentativa deverá ser feita ! como certamente não faremos nenhuma ! para alijar ou ignorar o "elemento humano" da Escritura, o qual está iniludívelmente aparente na sua própria face; ninguém deverá desejar engrandecer o divino tanto a ponto de o atropelar, ou quase isso. É este um dos grandes enganos em que incorrem homens bons. Divino e humano, sejam ambos admitidos, reconhecidos e aceitos grata e jubilosamente, contribuindo cada um para fazer a Bíblia mais completamente adaptada às necessidades humanas como instrumento da graça divina e o guia para almas humanas fracas e errantes. A palavra não é do homem, quanto à sua fonte: nem dependendo do homem, quanto à sua autoridade: é por meio do homem e pelo homem como seu médio; todavia, não simplesmente como o canal ao longo da qual corre, qual água por uma bica sem vida, mas pelo homem e através do homem como o agente voluntariamente ativo e inteligente na sua comunicação. Ambos os lados da verdade se expressam na linguagem escriturística: "Os homens santos de Deus falaram segundo foram movidos (levados) pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21). Os homens falaram; o impulso e a direção foram de Deus" (A Doutrina da Inspiração). "As Escrituras contém um elemento humano bem como um divino, de modo que, enquanto elas constituem um corpo de verdade infalível, esta verdade está ajeitada em moldes humanos e adaptados à comum inteligência humana" (Strong).
III. A INSPIRAÇÃO EXECUTADA MILAGROSAMENTE
O elemento humano na Bíblia não afeta sua infalibilidade, tanto como a natureza humana de Cristo não afetou Sua infalibilidade. A inspiração se afetou milagrosamente tanto como o nascimento virginal de Cristo se efetuou milagrosamente e tanto como os homens são trazidos ao arrependimento e à fé milagrosamente. O arrependimento e a fé são atos humanos voluntários, contudo operam-se no homem pelo Espírito Santo. Deus efetuou o milagre da inspiração preparando providencialmente os escritores para o seu trabalho e revelando Sua verdade aos mesmos, habilitando, guiando e superintendendo-os no arquivamento dela como para dar-nos por meio deles uma transmissão exata e completa de tudo quanto Lhe aprouve revelar.
"Conquanto o Espírito Santo não selecionou as palavras para os escritores, evidente é que Ele as selecionou através dos escritores" (Bancroft, Elemental Theology).
IV. MÉTODOS NA INSPIRAÇÃO
O elemento miraculoso na inspiração, sem duvida, não pode ser explicado. E não temos nenhum desejo que o homem possa explicá-lo. Mas até um certo ponto, no mínimo, podemos discernir das Escrituras os métodos que Deus usou na inspiração. Um estudo dos métodos empregados deveria levantar nossa apreciação da inspiração.
(1) Inspiração por meio da revelação objetiva.
Algumas vezes se deu uma revelação direta e oral para ser escriturada, tal como foi o caso ao dar-se a Lei mosaica (Ex. 20:1) e tal como foi o caso, algumas vezes, com outros escritores (Dan. 9:21-23; Apo. 17:7).
(2) Inspiração por meio de visão sobrenatural.
Noutros casos deu-se uma visão sobrenatural com ou sem uma interpretação dela, como foi o caso com João na Ilha de Patmos.
(3) Inspiração por meio de Passividade.
Noutras vezes, quando não se nos dá evidencia de uma revelação externa de espécie alguma, os escritores foram tão conscienciosa e passivamente movidos pelo Espírito Santo que ficaram sabidamente ignorantes de tudo quanto escreveram, como foi o caso com os profetas quando escreveram de Cristo (1 Pedro 1:10).
(4) Inspiração por meio de iluminação divina.
Algumas vezes foi dada aos escritores tal iluminação divina como para habilitá-los a entenderem e aplicarem a verdade contida em prévias revelações, mas não feitas inteiramente claras por eles; como foi o caso com escritores do Novo Testamento ao interpretarem e aplicarem a Escritura do Velho Testamento (Atos 1:16, 17, 20; 2:16-21; Rom. 4:1-3; 10:5-11).
(5) Inspiração por meio da direção de Deus.
Em alguns casos os escritores foram meramente de tal modo guiados e guardados como para serem habilitados a recordar tais fatos históricos segundo Deus se agradou de os fazer recordar, quer fossem esses fatos pessoalmente conhecidos deles, ou obtidos de outros, ou revelados sobrenaturalmente. Todos os livros históricos são exemplos oportunos aqui.
(6) Inspiração por meio de revelação subjetiva.
Noutras vezes foi a verdade revelada através dos escritores por uma tal vivificação e aprofundamento do seu próprio pensar como para habilitá-los a perceber e recordar nova verdade infalivelmente, como parece ter sido o caso com Paulo em muitas das suas epístolas.
Somando-o tudo, podemos dizer que o processo de inspiração consistiu de tais meios e influências como aprouve a Deus empregar, segundo as circunstancias, para poder dar-nos uma revelação divina, completa e infalível de toda a verdade religiosa de que precisamos durante esta vida. Ou podemos dizer com A. H. Strong: "Pela inspiração das Escrituras queremos significar aquela influência divina especial sobre as mentes dos escritores sagrados em virtude da qual suas produções, à parte de erros de transcrição, quando justamente interpretadas, constituem juntas uma regra de fé e prática infalível e suficiente".
V. A EXTENÇÃO DA INSPIRAÇÃO
Ver-se-á que a inspiração verbal está implicada no que já dissemos; mas, como também já foi dito, isto não destrói o elemento humano na Escritura. A Escritura é, toda ela, a Palavra de Deus; ainda assim, muitíssimo dela é também a palavra do homem. Os escritores diferem em temperamento, linguagem e estilo, diferenças que estão claramente manifestas nos seus escritos, ainda que suas produções são tão verdadeiras e completamente a Palavra de Deus como qualquer expressão oral de Jesus.
VI. PROVAS DA INSPIRAÇÃO VERBAL
Para prova de fato que a Bíblia é inspirada em palavra e não meramente em pensamento, chamamos a atenção para as evidencias seguintes:
(1) A Escritura inspirada envolve necessariamente a inspiração verbal.
É nos dito que a Escritura é inspirada. A Escritura consiste de palavras escritas. Assim, necessariamente, temos inspiração verbal.
(2) Paulo afirmou que ele empregou palavras a ele ensinadas pelo Espírito Santo.
Em 1 Cor. 2:13, ao referir-se às coisas que ele conheceu pelo Espírito Santo, disse: "Quais coisas falamos, não nas palavras que a humana sabedoria ensina, mas que O Espírito Santo ensina". É isto uma afirmação positiva da parte de Paulo que ele não foi deixado a si mesmo na seleção de palavras. {Alguns acusam que em Atos 23:5, 1 Cor. 7:10,12, Paulo admite a não inspiração. Em Atos 23:5 Paulo diz a respeito do Sumo Sacerdote: "Não sabia, irmãos, que era o Sumo sacerdote". Isto "pode ser explicado tanto como a linguagem de ironia indignada: "Eu não reconheceria tal homem como Sumo Sacerdote"; ou, mais naturalmente, como uma confissão atual de ignorância e falibilidade pessoais, o que não afeta a inspiração de qualquer dos ensinos ou escritos finais de Paulo" (Strong). Inspiração não significa que os escritores da Bíblia foram sempre infalíveis no juízo ou impecáveis na vida, mas que, na sua capacidade de mestres oficiais e interpretes de Deus, eram conservados do erro.}
Nas passagens da primeira epístola aos corintios diz Paulo no caso de um mandamento: "Mando eu, todavia não eu, mas o Senhor"; ao passo que no caso de outros mandamentos diz ele: "O resto falo eu, não o Senhor". Mas notai que no fim das ultimas séries de exortações ele diz: "Penso... que eu tenho o Espírito de Deus" (1 Cor. 7:40). Aqui, portanto, Paulo distingue... não entre os seus mandamentos próprios e inspirados, mas entre aqueles que procediam de sua própria (inspirada de Deus) subjetividade e os que Cristo mesmo supriu por Sua palavra objetiva" (Meyer, in Loco).
(3) Pedro afirmou a inspiração verbal dos seus próprios escritos como dos outros apóstolos.
Em 2 Pedro 3:1,2,15,16 Pedro põe os seus próprios escritos e os de outros apóstolos em nível com as Escrituras do Velho Testamento. E desde que Pedro creu que as Escrituras do Velho Testamento eram verbalmente inspiradas (Atos 1:16), segue-se, portanto, que ele considerava os seus escritos e os de outros apóstolos como verbalmente inspirados. {Uma questão pode levantar-se quanto à dissimulação de Pedro em Antioquia, onde temos uma "contradita prática às suas convicções por separar-se e retirar-se dos cristãos gentios (Gál. 2:11-13)" (Strong). "Aqui não houve ensino público, mas a influencia de exemplo privado. Mas nem neste caso, nem no precitado (Atos 23:5) Deus suportou o erro como resolvido. Pela agencia de Paulo o Espírito Santo resolveu o assunto direito" (Strong)}
(4) Citações em o Novo Testamento tiradas do Velho provam a inspiração verbal dos escritores do Novo Testamento.
Tinham os judeus pela letra da Escritura uma consideração supersticiosa. Certamente, então, judeus devotos, se deixados a si mesmos, seriam extremamente cuidadosos de citarem a Escritura como está escrita. Mas achamos em Novo Testamento umas duzentas e sessenta e três citações do Velho Testamento e dessas, segundo Horne, oitenta e oito são citações verbais da Setuaginta; sessenta e quatro são emprestadas dela; trinta e sete tem o mesmo sentido; mas palavras diferentes; dezesseis concordam mais quase com o hebraico e vinte diferem tanto do hebraico como da Setuaginta. Todos os escritores do Novo Testamento, salvo Lucas, eram judeus. Contudo não escreveram como judeus. Que pode explicar isto, se eles não estavam cônscios da sanção divina de cada palavra que escreveram? Alguns bons exemplos de citações do Velho Testamento pelos escritores do Novo, onde novo sentido se põe nas citações, acham-se em Rom. 10:6-8, que é uma citação de Deut. 30:11-14.
(5) Mateus afirmou que o Senhor falou pelos profetas do Velho Testamento.
Vide a Versão Revista de Mat. 1:22 e 2:15.
(6) Lucas afirmou que o Senhor falou pela boca dos santos profetas. Lucas 1:70.
(7) O escritor aos hebreus afirma o mesmo (Heb. 1:1).
(8) Pedro afirmou que o Espírito Santo falou pela boca de Davi. Atos 1:16.
(9) O argumento de Paulo em Gal. 3:16 implica inspiração verbal.
Neste lugar Paulo baseia um argumento no número singular da palavra "semente" na promessa de Deus a Abraão.
(10) Os escritores do Velho Testamento implicaram e ensinaram constantemente a autoridade divina de sua próprias palavras.
As passagens em prova disto são numerosas demais para precisarem de menção.
(11) A profecia cumprida é prova da inspiração verbal.
Um estudo da profecia cumprida convencerá qualquer pessoa esclarecida que os profetas foram necessariamente inspirados nas próprias palavras que enunciaram; do contrário, não podiam ter predito algo do que eles souberam muito pouco.
(12) Jesus afirmou a inspiração verbal das escrituras.
Jesus disse: "A Escritura não pode ser quebrada" (João 10:35), com o que ele quis dizer que o sentido da Escritura não pode ser afrouxada nem sua verdade destruída. Sentido e verdade estão dependendo de palavras para sua expressão. Sentido infalível é impossível sem palavras infalíveis.




Estudo 4 :O livro das Crônicas
A palavra Crônicas deriva-se de Chronicom, com que são Jeronimo nomeou estes escritos que ele descreveu como sendo a “ Crônica de toda a história sagrada”.
  A obra divide-se naturalmente em duas partes: as genealogias, especialmente de Judá, Benjamin e levi, desde a criação até a volta do cativeiro da Babilônia. A transição para a segunda parte do livro se faz pela genealogia e morte de Saul e Jônatas. A história dos israelitas, mais especialmente de Judá, desde a ascenção de Davi ao trono até a volta do cativeiro babilônico.
  Aconclusão abrupta da obra, e a identidade dos vesículos finaiscom os primeiros do livro de Esdras, eram uma história em continuação. Estes versículos contidos nas crônicas e o livro de Esdras, foram apanhados no mesmo registro público. ou mais provavelmente um livro tenha copia do do outro.
  
  2.AUTORIA:
  2.1. ESDRAS:

 Os quatro livros de I e II as Crônicas, Esdras e Neemia
eram, originalmente, um só livro ou uma série
de livros. Segundo a tradição judaica, Esdras foi o autor da obra inteira.
       O autor, portanto,  teve acesso a atas, diários e registros públicos que não subsistiram até os nossos tempos, além disso, teve acesso aos livros do AT escitos antes de sua época. Orientado por Deus transcreveu as informações  apropiadas aos propósitos de sua obra. Portanto, nessa parte do AT, em II Samuel e I Crônicas, temos uma narrativa dupla.
    
 2.2. CORRENTES CONTROVERSAS QUANTO A AUTORIA DO LIVRO:

       O próprio livro de Crônicas segundo defendem alguns estudiosos, no capítulo 36.22, indica uma terminal e evidênte, a saber, 537 A.C, Todavia, parecer não restar dúvidas sobre o fato dos quatro livros fazerem parte de obra só, o que avançaria a data de criação do livro para o ano de 430 A.C. A lista de descendentes de Zorobabel ( I Cr 3: 19-24), até a sexta geração sujere que o ano estaria entre 400 e 340 A.C., Mas veja a nota referente a esta passagem. Em Ne. 12:10 e seguintes, e 22 e seguintes, a lista dos sumo-sacerdotes chega a Jadua, que viveu cerca de 332 anos A.C. , então é bem possível que estas adições tenham sido feitas por escriba que atribuem ao livro a data de 400 A.C.
      O fato é que segundo historiadores, é difícil aceitar a tradição Judáica que o livro tenha sido escrito por Esdras, esses estudiosos somente atribuem a Esdras as genealogias, segundo esses a tradição foi mal compreendida. Nesse caso , a opinião de Delitzsch, de que Esdras foi o compilador de grande parte do material utilizado pelo cronista, poderia está certa, ou, até mesmo a de Whelch, de que a meior parte do livro é anterior ao exílio, em qualquer um dos casos continuaria a ser desconhecido o autor da obra.

2.3.A AUTORIA SEGUNDO A BÍBLIA DE JERUSALÉM  ( Ed. PAULUS):
        Os livros de Crônicas ( conforme o texto em hebraico; a Bíblia grega e a Vulgata os chamam de “PARALIPÔMENOS”, isto é, livros que relatam “coisas omitidas”, que acrescentam ou complementam) são pois uma obra do judaísmo pós-exílico, de uma época em que o povo, privado de sua independencia política, gozava ainda de certa autonomia reconhecida pelos senhores do oriente: viviam sob a direção de seus sacerdotes, segundo as ordens de sua lei religiosa. O templo e suas cerimônias era o centro da vida nacional. Mas este contexto legalista e ritual é vivificado por uma corrente de piedade pessoal, pelas doutrinas sapienciais, pelas lembrnças das glória ou das fraquezas do passado e pela confiança das promessas dos profetas. O autor de Crônicas, que é levita  de jerusalém, pertence intamente a esse ambiente.
         Escreve depois da época de Esdras e Neemias, sensivelmente mais tarde, pois pode combinar a seu modo as  fontes que se referem a eles. O começo da época grega antes do ano 300 a.c. parece ser a data mais verossímel, a obra recebeu após a seguir algumas adições, feita por uma ou diversas pessoa; em especial as tábuas genealógicas de I Cr 2-9...

3.A FINALIDADE DO LIVRO DE CRÔNICAS:
         Uma  crônica difere de uma história por registro de acontecimentos transitórios feito sem qualquer critério seletivo quanto o que se inclui quanto ao que se omite. O “cronista” escreve obviamente histórias, pois ha num objetivo muito claro que ressalta tanto o que  acrescenta a Samuel e a Reis  como o que exclui. Os acrescentamentos referem-se ao templo e aos atos de culto e aos acontecimentos que exaltam aos atos e a acontecimentos religiososdo estado sobre o civíl; é óbvio que se preocupa sobretudo com Israel como comunidade religiosa. As suas omissões mostram que seu interesse se concentrava no desenvolvimento de duas instituições divinas: o Templo e a linha davídica de monarcas.
         Crônicas representa o ponto de vista sacerdotal, preocupando-se com realização da vontade de Deus, do que Deus determinara, ao contrário de samuel e Reis, com ponto de vista profético, de que como Deus tratou seu povo e se revelou. 
        Não é dificil os motivos que levaram a feitura do livro de Crônicas. A Comunidade posterior ao exílio tinha de compreender como surgira, que era uma verdadeira continuação do reino anterior ao exílio ( O que explica a presença das genealogias), e qual o papel do dom de Deus – o templo e seus ato de culto – que lhe fora confiado. Da omissão de tantas cenas familiares de Samuel e de Reis ressalta que, embora fossem poucos os que regressaram do exílio, Deus sempre eliminara da hiostória de seu povo os elementos que contra eles se revoltavam.
        Numa era em que é cada vez mais forte a tendência de por de parte a antiga revelação de Deus nas escrituras, o livro de Crônicas tem uma mensagem de encorajamento e advertência a todos nós.

4. FONTES:
       È evidente que a fonte principal do livro de Crônicas se encontram em Samuel e Reis. Além disso, faz-se referência a várias outras fontes – vinte ao todo – A saber: I Cr 5.17; 9.1; 23.27; 27.14; 29.29; II Cr 9.29; 12.15; 13.22; 24.27; 26.22; 27.7; 33.19; 35.25; etc. Embora não haja necessidade de pôr em dúvida a existência dessas fontes, não se seguem que o cronista tenha necessariamente feito uso direto delas, pois pode ter-se somente se servido de um ou mais documente nelas baseados. Normalmente, segue muito de perto Samuel e Reis, embora de quando em quando, não exite de fazer alterações; não há qualquer motivo para supor que tenha seguido as suas outras fontes com igual proximidade, embora existam provas de que não exitava de vazar a sua linguagem noutros moldes.

5. VALOR  HISTÓRICO:
       É evidente que, lido isoladamente, o livro de Crônica daria uma perspectiva desiquilibrada da história israelita; mas não é menos claro que o autorpartia do princípio de que seus leitores estavam familiarizados com Samuel e Reis, pelo que a critica baseada neste argumento é destituida de vaidade. Mais difícil de explicar é o grande número de discrepância entre Crônicas , por um lado e Samuel e Reis, por outro, algumas verdadeiras, outras imaginárias. Talvez seja por esse motivo que o Talmude põe em dúvida a sua exatidão histórica, embora não a sua canonicidade.
       Em tempos modernos, duvidou-se da autenticidade de todos os passos ausentes de Samuel e Reis ( foram, até, considerados invenções do cronista). Mas, nos poucos casos em que a arqueologia estava apta a dar a sua opinião, esta tendia a ser favorável, e agora as críticas a serem feita pelos seus comentadores são muito mais cautelosas. Não ha motivo para duvidar da exatidão essencial do cronista e suas fontes. Algumas das discrepâncias podem ser devido a corrupção textual na origem  e em vários pontos do texto de Crônicas foi deficiêntemente transmitido.
       Um dos principais problemas de Crônicas é o dos números que contém. Muitos destes são impossivelmente grandes, outros estão em desacordo em Samuel e Reis, que outros, ainda, são incompatíveis com as descobertas arqueológicas. Todavia, outros algarítimo há que não apoiam a hipótese geralmente aventada de que se trata pura e simplesmente de autênticos exageros, como, por exemplo, os trezentos carros de guerra em IICr 14.9, em contraste com um milhão de soldados de infantaria. A solução mais evidente é que se trata, sim de corrupção textual, quer nas fontes, quer na transmissão do livro de Crônicas.

6.DIVISÕES DO LIVRO DE CRÔNICAS:
6.1. I CRÔNICAS (DAVI SUA GENEALOGIAS, E SEU REINADO):
     
      O propósito mais imediato dessas genealogias parece ser o repovoamento do pasi em conformidade com os registros públicos. Os que voltaram do cativeiro tinham direito às terras que anteriormente tinham pertencidos a suas famílias. No AT, as terras terras tinham sido alocadas às famílias e não podiam ser alienadas dessas famílias de modo permanente.
      Da mesma forma, o sacerdócio era hereditário. O sacerdote devia ser sucedido pelo seu filho. Era essa a lei da terra. A linhagem régia de Davi segue a mesma regra. A mais importânte e preciosa de todas as promessas era que o Salvador viria da família de Davi.
       Essas genealogias, na sua meioria, são imcompletas; ha lacunas nessas listas. A linhagem principal, no entanto, consta nelas. É proivavél que tenham sido compiladas à partir de muitos registros históricos escritos, em tempos passados, em tabuinhas, papiro ou velino e, em parte, copiadas dos livros do AT então existente.
       Esses nove capítulos de genealogias representam o fluir, de geração em geração, de toda história bíblica antecedente. Não precisam ser lidas tão frequentemente, com própositos devocionaiscomo outras partes das Escrituras. Entretanto, essas genealogias, e outras semelhantes a elas, constituem o arcabouço do AT, Aquilo que vincula a Bíblia e lhe fornece o elo que coloca a Bíblia acima do âmbito das lendas e a introduz nas paginas da história genuina.
6.1.1. SEQUÊNCIA DE ACONTECIMENTOS DE I CRÔNICAS:
       - Davi torna-se rei: 1010 – 970 a.c;
      -A arca é levada para Jerusalém;
      -Davi planeja construir o templo;
      -As vitórias de Davi;
      -O recenseamento do povo;
      - Os preparativos de Davi para o templo;
      -Deveres dos levitas;
      -A organização dos sacerdotes e dos levitas;
      -Líderes do exercito, das tribos e da corte;
      -A ultima palavra e oração de Davi.

6.2. I I CRÔNICAS (Salomão seu reinado e a História de Judá):

       Durante 400 anos, Israel tivera apenas uma tenda , o Tabernáculo, como a cas de Deus entre eles, e, segundo parece, Deus ficara satisfeito com isso ( II Sm 7 5-7). Entretanto, quando pareceu apropiado aos israelitas que tivessem um templo, Deus quis determinar que tipo de construção deveria ser. Deus deu a Davi a planta e os por menores por escrito. ( I Cr 28.19; Ex 25.9): Seria magnífico e famoso em todas as partes do mundo ( I Cr 22.5).
       Davi desejava edificar o templo, porém não recebeu permissão para tanto, por ser ele um homem de guerra ( I Cr 22.8). Deus ajudou a Davi nas guerras, mas não julgava certo que um homem de guerra edificasse seu santo Templo. De outra forma, as nações conquistadas poderiam sentir amargura contra o Deus de Israel, ao posso que o propósito de Deus era ganhar para sí as outras nações por meio dos israelitas, seu povo.
       O tempçlo foi construido com grandes pedras, vigas e tábuas de cedro e revestido de ouro no seu interior ( I Rs 6.14-22; 7.9-12). O ouro, a prata e outros materiais empregados na construção do templo ( 29.2-9; I Cr 22.14-16) somaram cerca de 340 toneladas, o que fez dele, sem dúvida alguma, o edifício mais caro e eplêndido do mundo inteiro naquela época. Toda essa ponpa e grandeza deve ter servido a algum propósito, mas seu ouro tornou-se objeto de cobiça entre os outros reis.


6.2.1. SEQUÊNCIA DE ACONTECIMENTOS DE II CRÔNICAS:
      - Roboão, rei de Judá: 931 – 913 a.c;
     -Abias, rei de Judá:    913 – 911 a.c;
     -Asa, rei de Judá:      911 – 870 a.c;
     -Josafá, rei de Judá: 872 – 848 a.c;
     -Jeorão, rei de Judá: 853 – 841 a.c;
     -Acazias, rei de Judá:841 a.c;
     -Atália, rei de Judá: 841 – 835 a.c;
     -Joás, rei de Judá:  835 – 796 a.c;
     -Amazias, rei de Judá: 797 – 767 a.c;
     -Uzias( Azarias), rei de Judá: 792 – 740 a.c;
     -Jotão, rei de Judá: 750 – 732 a.c;
     -Acaz, rei de Judá: 735 – 716 a.c;
     -Ezequias, rei de Judá: 716 – 687 a.c;
     -Manassés, rei de Judá: 697 – 642 a.c;
     -Amom, rei de Judá: 643 – 641 a.c;
    -Josias, rei de Judá: 641 – 609 a.c;
    -Jeoacaz, rei de judá: 609 a.c
    -Jeoaquim, rei de Judá: 609 – 598 a.c;
    -Joaquim(Jeconias), rei de Judá: 598 – 597 a.c;
    -Zedequias, rei de Judá: 597 – 586 a.c;
    -
  

       





BIBLIOGRAFIA:

- CHOWN, GORDON
Manual Bíblico de Halley,
Ed Vida,
- ZUCK, ROY B.
Teologia do Antigo Testamento,
Ed CPAD
- DAVIDSON, F
O novo Comentário da Bíblia,
Ed Vida Nova
- Bíblia de Jerusalém
Ed Paulus
- Davis, John D.
Dicionário da Bíblia
Ed Casa Publicadora Batista
- Bíblia de Estudo NVI
Ed NVI
Mcnair, S.E.
A Bíblia Explicada,
Ed CPAD


































CRÉDITOS:

SEMINÁRIO TEOLÓGICO BOA ESPERANÇA
CURSO BACHAREL EM TEOLOGIA
2º PERÍODO 2010
PROFESSSOR: Pr LEONEL
ALUNO: GILBERTO PASSOS MELL

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Portanto, diz o SENHOR Deus de Israel: Na verdade tinha falado eu que a tua casa e a casa de teu pai andariam diante de mim perpetuamente; porém agora diz o SENHOR: Longe de mim tal coisa, porque aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão desprezados. 1 Samuel 2:30